segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Bullying

Bullying no ambiente de trabalho e distúrbios no sono


Um estudo publicado no periódico SLEEP mostrou que situações de bullying (termo utilizado para descrever comportamentos hostis e constantes, na forma de violência física ou psicológica) no ambiente de trabalho, podem aumentar os transtornos do sono. Essas associações também foram observadas nas pessoas que presenciaram o bullying, indicando que os efeitos negativos dessas atitudes podem ser sentidos indiretamente.
O estudo mostrou a alta prevalência desse tipo de bullying, indicando que 11% das mulheres e 9% dos homens foram alvo de “comportamentos hostis” no local de trabalho, no período de 6 meses anteriores à pesquisa. Os números também mostraram que aproximadamente 22% das mulheres entrevistadas e 31% dos homens haviam presenciado alguma atitude ou ataque hostil, no mesmo período.
Nos homens que foram vítimas de bullying, os distúrbios do sono foram 220% maiores nos indivíduos que presenciaram tal atitude e 240% naqueles que sofreram tais ataques. Entre as mulheres os números também são assustadores. Os aumentos de distúrbios foram da ordem de 170% nas que presenciaram e quase 190% nas mulheres que sofreram bullying.
A autora principal do estudo, Isabelle Niedhammer, afirmou que a exposição à violência ou hostilidade no local de trabalho tem consequências enormes sobre o risco de desenvolver transtornos do sono à curto ou médio prazo. “O bullying no ambiente de trabalho é um dos principais fatores de estresse e talvez tenha grande correlação com o número de suicídios de determinadas faixas etárias além estar ligado a uma série de problemas de saúde”, diz a pesquisadora.
O estudo foi feito com base nos dados coletados entre mais de 3 mil homens e quase 4.500 mulheres com uma idade média de 40 anos. Os participantes, além de responder a um questionário que indicava 45 tipos diferentes de bullying, também reportaram se teriam sido alvos de atitudes hostis de uma ou mais pessoas no trabalho, se as ofensas eram contínuas, opressivas e se essas atitudes contribuiam para sua exclusão ou isolamento por longos períodos.
De acordo com a Academia Americana de Medicina do Sono, a presença de distúrbios do sono é associada a situações de estress identificáveis e é o principal fator que pode para levar à insônia (falta de sono constante por mais de três meses). Os distúrbios podem ser acompanhados de sintomas como ansiedade, preocupação, depressão, tensão muscular e dores de cabeça.

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